CARNAVAL DE GUERRA
A
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Adoração Feminina de Dionísio
"Sobretudo as mulheres respondiam ao chamado de Dionísio. (...) Dionísio tinha um apelo especial para as mulheres das cidades-estado gregas, que em geral viviam uma condição parecida com a purdah, excluídas da vida comunal de qualquer tipo.
(...)
A forma mais notória de adoração feminina de Dionísio, a oreibasia, ou a dança de inverno, parece aos olhos modernos uma imitação grosseira da revolta feminina. (...) Não eram apenas acontecimentos míticos; em alguns momentos e lugares, a oreibasia era oficialmente tolerada e realizada uma vez a cada dois anos, no fim do inverno.
(...)
as mulheres que fugiam para as montanhas para adorar Dionísio também estavam caçando."(EHRENREICH, 2010, 49, 52).
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Agonismo
"If we accept that this cannot be transceding the we/they relation, but only by construticting in different way. (...) agonism is a we/they relation where the conflicting parties, althought acknowledging that there is no rational solution to their conflict, nevertheless recognize the legitimacy of their opponents. (MOUFFE, 2005, 20).
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Alternativas Econômicas Criativas
"(...) práticas de caráter constituinte, existentes que funcionam fora da lógica de mercado dentro do sistema.São iniciativas que não fazem parte de uma revolução mas sim do que Lefebvre coloca como subversão, que não propõe uma troca entre sistemas mas mudanças a partir da estrutura existente" (MAGALHÃES, 2015, 10).
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Antagonismo
"Properly political questions always involve decisions which require us to make a choice between conflicting alternatives" (MOUFFE, 2005, 10).
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Autogestão
“A empresa solidária se administra democraticamente, ou seja, pratica a autogestão. [...] [...] Pelo visto, a autogestão exige um esforço adicional dos trabalhadores na empresa solidária: além de cumprir as tarefas a seus cargo, cada um deles tem de se preocupar com os problemas gerais da empresa. [...] A autogestão tem como mérito principal não a eficiência econômica (necessária em si), mas o desenvolvimento humano que proporciona aos praticantes.” (SINGER, 2002, 18, 19, 21).
B
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Banco da aldeia
“Em suma, o Banco da Aldeia é o antibanco , faz tudo o que os bancos convencionais fazem… porém ao contrário. Estes se preocupam com a capacidade de reembolso do prestatário. O Banco da Aldeia se preocupa com que seus clientes sejam realmente pobres. Os bancos convencionais têm a responsabilidade ante os acionistas de maximizar o lucro sobre o capital próprio.” (SINGER, 2002, 81).
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Bancos de povo
“Todos os empréstimos feitos pela cooperativa destinam-se a financiar investimento produtivo. A garantia dos empréstimos era basicamente o caráter dos membros que os recebiam. Como todos penhoravam juntos seus bens, era de interesse de cada um admitir como sócios pessoas sóbrias, de hábitos regulares e frugais. Cada empréstimo era endossado por dois membros e vencia em três meses. Um princípio básico da cooperativa é que sua porta estava sempre aberta a pessoa de valor, necessitadas de empréstimos, sem distinção de profissão ou classe. Cooperativas com estes princípios passaram a ser conhecidas como “Bancos do Povo”.” (SINGER, 2002, 62).
C
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Capital Cultural
Para Magalhães (2015), o capital cultural engloba conhecimentos, saberes e atributos culturais propagados através do convívio. Também denominado capital informacional, ele pode constituir uma forma de reprodução da estrutura de classes, uma vez que rotula saberes e favorece o acesso de determinados grupos à informação. Tal processo é tão natural que geralmente se passa despercebido como capital. No entanto, segundo a autora, “(...) exatamente tais informações podem constituir um mecanismo de mudança. Entende-se por geração (ou aumento) de capital cultural os meios de disseminar conhecimento entre pessoas, valorizar e reconhecer diversas formas de sabedoria, possibilitar a união do domínio de diferentes atores em cooperação (não em exploração) e gerar consciência sobre a problematização da lógica de mercado.” (MAGALHÃES, 2015, 23).
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Capital Social
“O capital social é essencialmente constituído das relações humanas e de como essas conexões são estruturadas, ou não, em prol de um grupo. Como essa estruturação pode ter em vista o benefício da sociedade e ainda, segundo Bourdieu, também o benefício de um só grupo numa situação de competição em relação a outros, o capital social também pode ser visto como um bem a ser acumulado e convertido em estratégia de dominação. Por conseguinte, a partir de uma visão mais ampla, pode ser considerado como capital social negativo.” (MAGALHÃES, 2015, 23).
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Capital Financeiro
De acordo com Magalhães (2015, 24), “também é verificada a geração de capital financeiro pelas iniciativas, incluindo a existência ou não de fins lucrativos. No caso de existirem, ainda é avaliado se são direcionados a uma entidade particular, no caso de a iniciativa funcionar como uma empresa, ou distribuídos entre os participantes, como no exemplo de uma cooperativa.”
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Classes segundo IBGE
Magalhães (2015), com base em sua metodologia de estudo, aponta a necessidade da utilização de métodos de classificação das classes sociais. De acordo com ela, “a classificação do IBGE leva em consideração apenas as faixas de renda dos núcleos familiares, tendo como base o valor do salário mínimo (R$788,00 em 20153). A divisão resultante é a seguinte: Classe E: Renda até 2sm (até R$1.576); Classe D: de 2 a 4 sm (de R$1.576 a R$3.152); Classe C: de 4 a 10 sm (de R$3.152 a R$7.880); Classe B: de 10 a 20 sm (de R$7.880 a R$15.760); Classe A: acima de 20 sm (R$15.760 ou mais).” (MAGALHÃES, 2015, 28).
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Classes segundo RAIS
“O questionário RAIS é fornecido pelo TEM - Ministério de Estado do Trabalho e Emprego - e deve ser respondido por todos os estabelecimentos, empregadores e inscritos no CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - (inclusive condomínios e sociedades civis) com informações sobre cada um de seus empregados. A intenção é criar um panorama sobre o mercado de trabalho formal no país, que serve como base para a elaboração de políticas públicas de trabalho, emprego e renda. São coletados dados sobre idade, gênero, nacionalidade, raça, grau de instrução, porte de deficiência, salário, carga horária semanal de trabalho e vínculo empregatício.” (MAGALHÃES, 2015, 29-32).
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Cogestão
“A sua administração era partilhada por representantes dos acionistas (que não trabalhavam na cooperativa) e dos trabalhadores dela. [...] Este arranjo mostra que as cooperativas de produção, criadas pelos Pioneiros, não eram autogestionárias mas cogestionárias.” (SINGER, 2002, 44).
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Communitas
"Talvez mais do que qualquer outro antropólogo de meados do século XX, Victor Turner reconheceu o êxtase coletivo como uma capacidade universal e enxergou-o como uma expressão do que chamou de communitas, isto é, em poucas palavras, o amor espontâneo e a solidariedade que podem surgir de uma comunidade de iguais." (EHRENREICH, 2010, 20).
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Consumo
“Venda ou compra de produtos e bens; Gasto ou despesa; Utilização ou gasto de riquezas e materiais.” (Dicionário Didático. 2 ed. São Paulo: Edições SM, 2008).
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Concepção
“Formação de uma ideia ou de um projeto na imaginação; Modo de ver algo ou conjunto de ideias sobre ele.” (Dicionário Didático. 2 ed. São Paulo: Edições SM, 2008).
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Consistency
"The mode of analysis proposed here thus allows us to see organisation as a continuum stretching from lesser to greater degrees of stabilisation, formalisation and consistency. (...) Finally, consistency refers to such things as the capacity to produce and enforce decisions, to grow in an ordered way, durability, discipline etc. This means both that there is no such thing as ‘no organisation’ and that parties, unions etc. are describable as networks independently of their own forms of stabilisation, formalisation and consistency, even though these will undoubtedly determine their form and functioning as networks, and the more so the stronger they are." (NUNES, 2017, 27).
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Cooperação
“Para que tivéssemos uma sociedade em que predominasse a igualdade entre todos os seus membros, seria preciso que a economia fosse solidária em vez de competitiva. Isso significa que os participantes na atividade econômica deveriam cooperar entre si em vez de competir.” (SINGER, 2002, 9).
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Cooperativas de compras e vendas
“Estas são associações de pequenos e médios produtores que procuram ganhos de escala mediante a unificação de suas compras e/ou de suas vendas. [...] Elas cumprem papel importante, pois em vários ramos a melhor tecnologia exige grandes investimentos em capital fixo, que não podem ser subdivididos entre muitos estabelecimentos pequenos.” (SINGER, 2002, 83-84).
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Cooperativas de produção
“Cooperativas de produção são associações de trabalhadores, inclusive administradores, planejadores, técnicos etc., que visam produzir bens ou serviços a serem vendidos em mercados.” (protótipo de Empresa Solidária). (SINGER, 2002, 89).
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Cooperativismo de consumo
“O cooperativismo de consumo, que desempenhou importante papel na difusão do cooperativismo pela Europa a partir do século XIX, teve um começo claro: a famosa cooperativa dos Pioneiros Equitativos de Rochdale [...] entre os objetivos estava a criação de uma colônia autossuficiente e o apoio a outras sociedades com este propósito. [...] Adotaram uma série de princípios, que seriam depois imortalizados como os princípios universais do cooperativismo.” (SINGER, 2002, 39).
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Cooperativismo de crédito
“[...] oferecia aos trabalhadores um importante serviço financeiro que os bancos prestam às classes alta e média: o de guarda e aplicação de valores. Mas ela não oferecia o outro serviço complementar, o de fornecer empréstimos.” (SINGER, 2002, 59).
D
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Dança como invenção de Linguagem
"Antropólogos tendem a concordar que a função evolucionária da dança era capacitar - e encorajar - humanos a viverem em grupos maiores do que os pequenos conjuntos de indivíduos de família mais próxima. Presume-se que a vantagem dos grupos maiores seja a mesma que existe para os primatas que ainda vivem nas selvas: grupos maiores são mais aptos a se defenderem contra os predadores.
De acordo com Dumbar: 'Enquanto estávamos adquirindo habilidade para argumentar e racionalizar, precisávamos de um mecanismo emocional mais primitivo para estabelecer laços em grupos maiores'.
(...)
É interessante que a palavra grega nomos , que significa 'lei', também tenha o significa de 'melodia'. Submeter-se corporalmente à música por meio da dança é ser incorporado por uma comunidade de uma maneira muito mais profunda do que o mito compartilhado ou os costumes comuns podem atingir.
(...)
Dançar é contagioso" (EHRENREICH, 2010, 35-36-37).
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Dinâmica da economia competitiva
“A competição é boa de dois pontos de vista: ela permite a todos nós consumidores escolher o que mai nos satisfaz pelo menor preço; e ela faz com que o melhor vença, uma vez que as empresas que mais vendem são as que mais lucram e mais crescem, ao passo que as que menos vendem dão prejuízo e se não conseguirem mais clientes acabarão por fechar. Os que melhor atendem os consumidores são os ganhadores, os que não o conseguem são os perdedores.” (SINGER, 2002, 7).
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Distribuição
“Divisão entre várias partes; Repartição ou colocação de modo conveniente ou adequado.” (Dicionário Didático. 2 ed. São Paulo: Edições SM, 2008).
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Distributed Leadership
"To sum up: these are not horizontal movements, but distributed network-systems (...) Regardless of what individuals’ ideas about decision making, leadership and representation might be, and the practices that they derive from these, their general and most constant framework of interaction is best described, from the point of view of the system, as distributed leadership. It is not that there are no ‘leaders’; there are several, of different kinds, at different scales and on different layers, at any given time; and in principle anyone can occupy this position.40 That is, they are not leaderless but, if the poor wordplay can be forgiven, leaderful." (NUNES, 2014, 33).
E
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Economia Criativa
“A economia criativa é mais um exemplo de economia encarada a partir de interesses monetários. A economia criativa faz parte da atual produção do espaço urbano sendo central em projetos de “revitalização”, e contribuindo para segregação de público e para a desigualdade de acesso aos recursos da cidade. Basicamente a economia criativa, representa uma mercantilização de atividades criativas e culturais colocando-as a serviço de uma produção capitalista do espaço, e não buscando alternativas para que esse espaço tenha uma construção mais democrática.” (MAGALHÃES, 2015, 10).
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Economia Colaborativa
“A Economia Colaborativa é também conhecida como Economia compartilhada ou, pelo seu nome talvez mais preciso, Consumo colaborativo. Viabilizada pela imersão digital, se baseia em conectar pessoas as quais tenham necessidades/ interesses complementares. (...) Mas repare, apesar do ponto positivo de dois potenciais consumidores estarem compartilhando um produto ao invés de adquirirem cada um o seu, o que estão fazendo não passa por uma lógica de economia colaborativa em si, é apenas uma colaboração na ultima etapa da cadeia produtiva, ou seja no consumo.” (MAGALHÃES, 2015, 15).
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Economia Solidária
(MAGALHAES, 2015, XX)
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Economia Solidária
“A economia solidária é outro modo de produção, cujos princípios básicos são a propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual.A aplicação desses princípios une todos os que produzem numa única classe de trabalhadores que são possuidores de capital por igual em cada cooperativa ou sociedade econômica. O resultado natural é a solidariedade e a igualdade, cuja reprodução, no entanto, exige mecanismos estatais de redistribuição solidária da renda. [...] O programa da economia solidária se fundamenta na tese de que as contradições do capitalismo criam oportunidades de desenvolvimento de organizações econômicas cuja lógica é oposta à do modo de produção dominante.” (SINGER, 2002, 10).
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Estado Alterado da Consciência
No contexto novecentista, "(...) como escreve o antropólogo Michael Taussig, é 'a habilidade de ser possuído (que) representa para os europeus uma alteridade apavorante, se não uma selvageria apavorante'. O transe era aquilo a que muitos daqueles rituais pareciam conduzir, e para os europeus representava o verdadeiro coração das trevas - um lugar além do próprio ser humano." (EHRENREICH, 2010, 15).
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Efervescência Coletiva
A partir da descrição feita pelo capitão Cook em século XVIII durante as grandes navegações e descobrimentos do ritual corroborree dos australianos do oeste, o sociólogo francês Emile Burkheim criou a noção, entendida no livro de EHRENREICH como "a paixão e o êxtase induzidos ritualmente cimentam os laços sociais e, como ele propunha, constituem a principal base da religião" (2010, 11).
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Event
"Events create their own network-systems out of pre-existing ones, by creating (or destroying) nodes and ties, changing the nature and strength of ties, determining the formation, transformation or disappearance of clusters, reconfiguring the interactions within and between layers. (...) An event is a process of contagion whereby a sensible change, first actualised in a relatively small number of bodies, words, actions (for example, the occupiers at Gezi Park in Istanbul), becomes, by virtue of those actualisations, communicable to ever larger numbers of people who come across it either by direct contact in the physical layer (people, places) or mediated contact through other layers (corporate media, social media). In this case, what spreads and replicates is at once information – words, images, narratives, actions etc. – and the affective charges that travel with it." (NUNES, 2014, 21-22).
F
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Falanstério (Charles Fourier)
“Sua idéia central era que a sociedade se organizasse de uma forma que todas as paixões humanas pudessem ter livre curso para produzir uma harmonia universal. O principal objetivo dessa organização social seria dispor o trabalho de tal forma que se tornasse atraente para todos, do deveria resultar enorme aumento da produtividade e de produção.” (SINGER, 2002, 35).
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Formalisation
"The mode of analysis proposed here thus allows us to see organisation as a continuum stretching from lesser to greater degrees of stabilisation, formalisation and consistency. (...) Formalisation is understood as meaning the development of explicitly stated and agreed rules and structures regarding leadership, decision-making etc. (...) This means both that there is no such thing as ‘no organisation’ and that parties, unions etc. are describable as networks independently of their own forms of stabilisation, formalisation and consistency, even though these will undoubtedly determine their form and functioning as networks, and the more so the stronger they are." (NUNES, 2014, 27).
G
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Greve
“A greve tornava-se uma arma não para melhorar a situação do assalariado, mas para eliminar o assalariamento e substituí-lo por autogestão.” (SINGER, 2002, 29).
H
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Heterogestão
“[...] administração hierárquica, formada por níveis sucessivos de autoridade, entre os quais as informações e consultas fluem de baixo para cima e as ordens e instruções de cima para baixo. [...]” (SINGER, 2002, 16-17).
I
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Incubação
“As incubadoras organizam comunidades periféricas em cooperativas mediante a incubação, um complexo processo de formação pelo qual as práticas tradicionais de solidariedade se transformam em instrumentos de emancipação.” (SINGER, 2002, 121-122).
L
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Lutas emancipatórias
“A lutas emancipatórias alteram instituições, introduzindo práticas democráticas e banindo as autoritárias. O sufrágio universal, que vige em muitos países, possibilitou a prática da democracia política, que de certo modo inverte a relação de poder (ao menos formal) entre governo ou autoridade pública e cidadãos.” (SINGER, 2002, 22).
M
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Modo de produção intersticial
“[...] a economia solidária pode se transformar de um modo de produção intersticial, inserido no capitalismo em função dos vácuos deixados pelo mesmo, numa forma geral de organizar a economia e a sociedade, que supere sua divisão em classes antagônicas e o jogo de gato e rato da competição universal.” (SINGER, 2002, 116).
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Multitude
"That Hardt and Negri’s concept of ‘multitude’ gained as much traction as it did around the turn of this century was no doubt related to its seeming capacity to solve this problem. At once one and many, deployed in the singular but denoting a plurality, the multitude is ‘a multiplicity, a plane of singularities, an open set of relations, which is not homogeneous or identical with itself and bears an indistinct, inclusive relation to the outside of it. (...) Anyone who, when asked about the agency behind any political event of the last decade, replied only ‘the multitude’, though perhaps not wrong, would be ultimately not saying much. Invoked in this way, the concept clearly has far more evocative than explanatory power." (NUNES, 2014, 15-16).
N
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Network-System
"A network-system is a system of different networks – of individuals, of groupings (temporary or permanent, formal or informal), of social media accounts (individual and collective), of physical spaces, of webpages (corporate outlets, blogs) – which constitute so many interacting layers that can neither be reduced to nor superposed on each other. (...) ‘Network-system’ thus allows us to look beyond explicitly or self-identified political expressions, as well as any suggestions of shared goals, practices etc., and to picture a broader ‘moving’ of social relations. It is, so to speak, a movement as it exists in-itself, its capacity to produce effects existing independently from its being consciously registered by all who belong to it." (NUNES, 2014, 20-21).
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Network-Movement
"(...) the conscious, self-reflexive understanding held by some that the multiple elements and layers assembled in the network-system constitute an interacting system of actors, intentions, goals, actions, affects etc., however heterogeneous these may be. (...) Everyone who belongs to the network-movement belongs to the network-system, since belonging to the former means, first of all, being aware of oneself as belonging to the latter. But not everyone who belongs to the network-system participates in the network-movement. It is this element of ‘expanded’ self-awareness – at once awareness of oneself and of the larger system of which one is aware of being part – that provides the criterion to distinguish between the two." (NUNES, 2014, 25-26).
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Novo cooperativismo
“O que distingue este “novo cooperativismo” é a volta dos princípios , o grande valor atribuído a democracia e à igualdade dentro dos empreendimentos, a insistência na autogestão e o repúdio ao assalariamento.Essa mudança está em sintonia com outras transformações contextuais que atingiram de forma profunda os movimentos políticos de esquerda.” (SINGER, 2002, 111).
P
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Político
" [...] while by 'politics' I mean the set of pratices ans institutions through which an order is crreated, organizing human coexistence in the context of conflitually provided by the political." (MOUFFE, 2005, 9).
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Política
"[...] the political as a space of freedom and public deliberation, [...]. By 'the political' I mean the dimension of antagonism which I take to be constitutive human societies [...]" (MOUFFE, 2005, 9).
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Princípios Universais do Cooperativismo
“1) que nas decisões a serem tomadas cada membro teria direito a um voto, independente de quanto investiu na cooperativa;
2) porta aberta: o numero de membros da cooperativa era aberto, sendo em princípio aceito quem desejasse aderir;
3) sobre capital emprestado a cooperativa pagaria uma taxa de juros fixa;
4) as sobras serias divididas entre os membros em proporção às compras de cada um na cooperativa;
5) as vendas feitas pela coooperativa seriam sempre feitas à vista;
6) os produtos vendidos pela cooperativa seriam sempre puros (isto é, adulterados);
7) a cooperativa se empenharia na educação cooperativa;
8) a cooperativa manter-se-ia sempre neutra em questões religiosas e políticas."
(SINGER, 2002, 39-40).
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Produção
“Montante de bens produzidos em determinado setor de atividade; Fabricação de um produto; Criação ou elaboração.” (Dicionário Didático. 2 ed. São Paulo: Edições SM, 2008).
R
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Ritual de Inversão
"Assim, os rituais dionisíacos ofereciam o tipo de 'ritual de inversão'que podia ser encntrado no fstival romano da saturnal, no Carnaval europeu e nas festividades de tantas outras culturas, em que os membros dos grupos subordinados (...) temporariamente assumiam o papel de seus superiores sociais. Durante s saturnais, mestres tinham que servir seus escravos; o Carnaval permitia que camponeses personificassem reis; a adoração de Dionísio dava as mulheres licença para caçar." (EHRENREICH, 2010, 53).
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Ritual e Festividade
"Antropólogos (...) estabeleceram uma diferenciação entre ritual e festividade sendo o primeiro visto como possuidor de funções religiosas e curativas, e o segundo 'designando ocasiões consideradas pagãs, recreativas ou para crianças'. Mas não é certo que esta distinção entre ritual e festividade, religião e recreação seja sempre significativa para os participantes. (...) 'Gosto dos encontros da mesma maneira que de uma festa" (EHRENREICH, 2010, 30).
S
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Solidariedade
“A solidariedade na economia só pode se realizar se ela for organizada igualitariamente pelos que se associam para produzir, comerciar, consumir ou poupar. A chave dessa proposta é a associação entre iguais em vez de contrato entre desiguais." (SINGER, 2002, 9).
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Stabilisation
"The mode of analysis proposed here thus allows us to see organisation as a continuum stretching from lesser to greater degrees of stabilisation, formalisation and consistency. Stabilisation denotes here the development, by habit, of tacitly endorsed rules, authorities, structures, from a couple of more influential Facebook pages or Twitter accounts to a defined membership, process etc. (...) This means both that there is no such thing as ‘no organisation’ and that parties, unions etc. are describable as networks independently of their own forms of stabilisation, formalisation and consistency, even though these will undoubtedly determine their form and functioning as networks, and the more so the stronger they are." (NUNES, 2014, 27).
T
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Trabalho Remunerado
De acordo com Magalhães (2015, 35), “o trabalho pode ser remunerado e assim assemelhar-se às relações trabalhistas padrão nas quais a hora de trabalho é vendida.”
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Trabalho - Trocas
Segundo Magalhães (2015, 35), o trabalho também “(...) pode funcionar na base de algum tipo de troca - como na possibilidade do próprio trabalho gerar ou dar acesso aos benefícios a serem usufruídos, na organização de alguns tipos de cooperativas ou em uma forma de troca direta de recursos que não dinheiro.”
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Trabalho Voluntário
Ainda de acordo com Magalhães (2015, 35), “a mão de obra pode ser voluntária, quando há disposição em realizar trabalho para o funcionamento da ação e que não será pago.”
V
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Vanguard-function
"It is objective to the extent that, once the change it introduces has propagated, it can be identified as the cause behind a growing number of effects. Yet it is not objective in the sense of a transitive determination, which would be made necessary by historical laws, between an objectively defined position (class, class fraction) and a subjective political breakthrough (consciousness, event). The vanguard-function is akin to what Deleuze and Guattari call the ‘cutting edge of deterritorialisation' in an assemblage or situation; opening a new direction that, after it has communicated to others, can become something to follow, divert, resist etc." (NUNES, 2014, 38-39).